Com o passar do tempo a China começa a dar no saco. Neste país, onde as crianças cagam e mijam em qualquer lugar e onde os motoristas de taxi cada vez mais fingem não entender um pedido --mesmo que você fale chinês--, não dá para ver nada que não seja propaganda da equipe olímpica nacional na TV.
Não interessa se você quer assistir ao jogo da seleção de futebol do Brasil ou o time de basquete dos Estados Unidos. Quem está aqui não vai ver nada pela televisão que não seja um chinês levantando peso ou uma chinesa mandando ver no tiro.
Sem contar que mesmo com cacetadas de gringos aqui, as pessoas continuam te olhando embasbacadas no meio da rua. Tem umas crianças que chegam a fugir de medo. Nas primeiras semanas é engraçado, mas agora eu só consigo mandá-los para aquele lugar. Ou tomar naquela parte. Obrigado, língua portuguesa!
Os voluntários, então, nem se fala. São milhares de grandissíssimos manés, que raramente sabem a resposta para qualquer pergunta que você faz. Ontem assisti ao meu primeiro evento olímpico --as eliminatórias da emocionante disputa do arco e flecha-- e rigorosamente nenhum voluntário conseguiu ajudar em nada.
Não dá para vê-los como algo além de jovens bem relacionados que arrumaram um esquema patrão para assistir aos Jogos Olímpicos.
Meu amigo Victor, correspondente da rádio Eldorado na Ásia, tem uma música do Jorge Ben Jor chamada Ive Brussels como toque do seu celular. Cada vez que o telefone dele toca e eu ouço, lembro de como quero dar o fora daqui logo. Logo mesmo.
Mudamos (01/16)
Há 8 anos
5 comentários:
Hahahaha, calma, cara... calma que tá acabando!
E pelo menos hoje vamos conseguir ver o jogo do Brasil no futebol masculino... contra a China, claro!
Mauras...vá xingando, amore.
Ainda bem que você pode.ahahaha...
Beijos!
ay, arco e flecha! muito legal, sava! tirou fotas pra mim?
(volta logo)
E o Brasil perdeu no vôlei de praia na Áustria, que não tem praia. Acho que eles treinam no porão.
Nabo!
O que importa é a muamba
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