quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Fora de São Paulo, é tudo café-com-leite

Nada de bairrismo aqui. Mas alguém começar bem nos estaduais fora de São Paulo não é mais do que obrigação. Sou a favor de acabar com os estaduais, mas não tem como reconhecer que o único deles que realmente se sustenta é o Paulistão.

Se o São Paulo não está jogando tanto, o Corinthians sofre para atacar, o Palmeiras está em crise e o Santos se jogou na rua da amargura, nada disso estaria acontecendo se essas equipes estivessem no Cariocão, por exemplo.

Além da força maior dos quatro grandes paulistas ante os quatro grandes do Rio, ou os dois mineiros ou os dois gaúchos, o interior que disputa em São Paulo tem muito mais qualidade do que o dos outros estados. Basta notar que o Guarani foi campeão brasileiro. Bragantino e São Caetano já foram vices. Santo André e Paulista já levaram a Copa do Brasil. E por aí vai...

A quinta rodada do Campeonato Paulista mostrou essa diferença.

O Ituano sapecou o Palmeiras fora de casa, com direito a gol de calcanhar. O Corinthians, com um a menos, se satisfez em empatar sem gols com o Sertãozinho. E o São Paulo precisou dos últimos dez minutos de jogo para bater o Rio Claro, que jogava com 10 em campo.

Fora da terra de Piratininga, goleadas mil. Todas inúteis e o torcedor sabe.

Para que os times do Brasil começassem a temporada em nível mais alto, seria melhor disputar regionais, como o Rio-São Paulo, Copa do Nordeste ou sei lá o que. Até porque só bobo acredita que o Fluminense engrenou por golear algum analfabeto de bola por aí ou que o Cruzeiro vai disputar o mundial porque sapecou algum timeco de Itajubá. Estadual é pra jacu.

Os gringos é que sabem de Amazônia

Matéria da agência Reuters

Brasil é incapaz de preservar a Amazônia, dizem ambientalistas

Por Raymond Colitt
BRASÍLIA, 31 de janeiro(Reuters) - O governo federal não tem disposição nem capacidade para conter a devastação da Amazônia, apesar das medidas emergenciais anunciadas na semana passada, segundo especialistas.

O preço elevado dos produtos agrícolas no mercado mundial estimula agropecuaristas a avançarem sobre a Amazônia em busca de terras baratas e desocupadas, de acordo com ambientalistas.

Entre agosto e dezembro de 2007, foram devastados 7.000 quilômetros quadrados de florestas, segundo estimativas do governo, o que representa dois terços da taxa anual.

Em resposta a esses dados, o governo Lula proibiu a extração de madeira em 36 municípios com taxa elevada de desmatamento e também cortou créditos agrícolas para essas localidades.

Anunciou também a proibição do comércio de produtos de áreas desmatadas ilegalmente e o registro obrigatório de todas as propriedades para evitar a ocupação clandestina de terras.

Na quarta-feira, no entanto, enquanto a ministra do Meio Ambiente sobrevoava áreas de floresta desmatadas na região de Mato Grosso, o presidente Lula minimizava a gravidade da situação.

Entre julho de 2005 e julho de 2007, a taxa de desmatamento caiu em 50 por cento, para voltar a subir no semestre passado.

Ambientalistas dizem que as novas medidas foram adotadas sem convicção pelo governo, e que algumas podem até aumentar o desmatamento. "É um primeiro passo positivo, mas é só uma gota no oceano", disse Paulo Moutinho, coordenador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

Para Roberto Smeraldi, diretor da ONG Amigos da Terra no Brasil, a aplicação de medidas restritivas onde o desmatamento já ocorreu pode levar madeireiros e agropecuaristas para municípios vizinhos e menos devastados.

"O governo está seguindo o desmatamento em vez de se antecipar a ele. Essas medidas podem jogar lenha na fogueira", disse Smeraldi à Reuters.

Se o Brasil é incapaz de preservar a Amazônia, o que seriam os Estados Unidos, a Europa e a Rússia, que derrubaram cada um a sua Amazônia?

Seriam os salvadores da fauna e da flora brasileiras?

Mas é claro que sim!

McCain perde debate e vence disputa

O último debate dos candidatos republicanos à presidência dos EUA antes da superterça teve um claro perdedor: o favorito para ganhar a indicação, o senador John McCain. Apanhou do mórmon milionário Mitt Romney, do convicto ultracristão Mike Huckabee e levou uns soquinhos do deputado Ron Paul, que estava ali fazendo a linha republicano-liberal-que-bate-em-todo-mundo. A mesma linha que já foi de McCain.

Romney, que é o mais forte adversário de McCain, venceu o debate. Desmentiu o senador com bastante substância após ser acusado de apoiar um cronograma para retirada do Iraque. Foi mais incisivo e acusou o veterano de guerra de usar "truques sujos da política de Washington" e de se apoiar na imagem para não demonstrar que é mais liberal do que a média dos candidatos republicanos.

Mas não levou.

Precisava vencer de 4 x 0 para levar o jogo para a prorrogação. E ficou só no 1 x 0, com um gol de pênalti.

Com o apoio do ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani e do governator of California, Arnold Schwartzenegger, John McCain consolidou sua vitória na indicação do partido. E deu ao presidente George W. Bush mais uma derrota, porque ganhe quem ganhar as eleições gerais deste ano, ele não terá feito seu sucessor na Casa Branca.

Será a primeira vez em décadas, pelo que li até agora, em que um candidato que tem a simpatia do New York Times leva a indicação dos republicanos para disputar o comando da nação mais poderosa do mundo.

Romney foi pouco ousado e não mudou sua imagem de endinheirado aventureiro, apesar de ter sido governador de Massachussets. A vitória no debate ficará como prêmio de honra para quem tinha dinheiro e juventude para suplantar um candidato que há meses mal pagava os funcionários da sua campanha e hoje desponta para a vitória interna. Dinheiro não compra tudo. Nem o partido republicano!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Os centavos e os milhões

Três ministros fizeram uso irregular do cartão corporativo do governo. Um freeshop, uma churrascaria, uma cervejaria e uma tapiocaria receberam --de forma ilegal, ao que tudo indica-- quase mil reais vindos do erário público e que ainda não se sabe se foram ressarcidos devidamente ou não.

Parece uma idiotice.

E é. Mas os jornais deram alto de página. Trombetearam essa besteira, propagandeada há anos pelos partidos da oposição, em vez de trabalhar mais pesadamente em outras questões que hoje merecem mais atenção.

A Amazônia, com seu desmatamento recorde, o relatório sobre assassinatos no Brasil e tantos outros assuntos perderam espaço para os assustadores R$8,30 que o ministro do Esporte gastou com tapioca. Ou os R$500 que o secretário da Pesca (?) desperdiçou em um almoço com uma comitiva chinesa. Ou ainda os mais de R$400 usados pela secretária da Igualdade Racial em um freeshop aeroportuário.

Não estou dizendo que não se deva investigar a história e que a infração é insignificante só porque não se equivale aos milhões pagos em mensalões e outras cositas mas. Digo apenas que para haver tanto destaque a uma história tão singela, a imprensa está a fim mesmo de afastar leitores.

Se o melhor que ela consegue é encontrar mil reais em supostas irregularidades, imaginem o tanto de sujeira que ela não consegue descobrir. Ou o tanto de sujeira que não publica, por conta de compromissos inconfessáveis e interesses escusos, com valores dezenas de vezes superiores aos mil reais dos ministros.

Até porque o mensalão imperou por anos no governo petista e quase nada se soube pela imprensa antes das denúncias de Roberto Jefferson, o sócio desapontado com os pagamentos dos chefes de aluguel. Havia dezenas de parlamentares implicados no esquema e vários operadores. Mas os jornais apenas descobriram tudo, coitados, após o probo deputado ditar os acontecimentos à Folha de S.Paulo.

Se a imprensa dependeu do rompimento de Jefferson com o governo para noticiar o mensalão e precisou do PSDB e do DEM para cavar a sensacional história dos cartões corporativos, hoje destaque dos principais jornais do país, quanto mais acontece sem nenhuma participação da imprensa na investigação? Ela dependerá sempre dos interesses em voga para trabalhar?

Quem lê sobre o assombroso desfalque de mil reais feito por três ministros só pode pensar que sim. Ou então desencana de ler, porque corre risco de tropeçar em mais verdade na mesa de bar do que nas linhas mal traçadas dos periódicos brasileiros.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Marketing esportivo é o cacete

Matéria da agência espanhola Efe conta com declarações do agente Wagner Ribeiro --vale um registro, mas é recomendável a cautela com a fonte-- dizendo que seu ex-cliente Kaká teve em 2002 a contratação vetada por dirigentes do Real Madrid.

Na época, o jovem já tinha decidido torneios importantes e figurava entre os selecionáveis. No entanto, os madrilenos disseram que se bastavam com o genial Zidane e esforçado Figo, segundo Ribeiro. Ambos jogadores perto dos 30 anos.

O Real, sempre de acordo com Ribeiro, não pagaria mais do que 7 milhões de dólares pelo futuro astro brasileiro. O mesmo que na época era pior do que o atacante corintiano Gil, na visão do já folclórico e quercista Antonio Roque Citadini.

Hoje Kaká vale tranquilamente 100 milhões de euros. O Milan o comprou por pouco mais de mais de 7 milhões de dólares e deu tempo para o craque surgir. Uma bela jogada de futebol, que depois virou marketing.

Parece muito lógico investir no talento para obter resultados e depois, publicidade.

Mas a lógica invertida do Real Madrid galático rendeu dinheiro para muita gente. E voltou a pegar os falidos clubes brasileiros nesta temporada.

Fala-se na Máquina do Fluminense, o ressurgimento do Palmeiras forte e no São Paulo campeão do mundo de 2008 por antecipação. Mas de bola boa até agora não veio nada. E os exemplos de arremedos galáticos grassam, travestidos de boa governança.

O Flamengo deve 200 milhões de reais, mas pensa em Ronaldo. E ainda ganha patrocínio da estatal Petrobras. Dá-lhe, Kleber Leite!

O Palmeiras diz que receberá 19 milhões de reais de patrocínio, mas a desconfiança forte é de que o valor não é nem a metade disso. Valeu, J.Hawilla!

O Fluminense passou a pré-temporada cogitando estrelas mil e terminou com Gustavo Nery, Dodô e Leandro Amaral. Unimed mata a pau!

O São Paulo diz que o atacante Adriano recebe menos que o goleiro Rogério Ceni. E contrata Carlos Alberto, para mostrar que o seu centro de recuperação pode tudo. Isso é que é diretoria!

O Grêmio deve mais de 100 milhões de reais e pensa em trazer o argentino D'Alessandro. O Atlético-MG pensou no argentino Gallardo.

Me enganem que eu gosto.

É essa esquadrilha da fumaça que faz o Kaká ir para a Europa por dinheiro de pinga. Administram mal e se vêem obrigados a vender todo e qualquer jogador que tenha uma proposta razoável. Não seguram ninguém, porque têm de abdicar de bons jovens para trazer refugos da Europa, que fizeram sucesso nestas bandas há tempos e tempos.

Ou ainda entram na onda de contratar sul-americanos. Mas como são chiques!

Tudo para dar ao marketing uma vitória sobre a bola, igual ao que o Real Madrid fez com seus galáticos. E exatamente o contrário do que o Milan fez com Kaká.

Nestas bandas, eu já perdi a esperança de ver bons jogadores ficarem por muito tempo. Por isso, acho que a gente deveria incentivar que os jogadores medianos sejam metrossexuais e que os melhores fiquem bem feios e antimarqueteiros, iguaizinhos ao Rivaldo --pelo menos na postura.

Quem sabe desse jeito a cartolada fica feliz vendendo modelos ruins de bola pro exterior e gente fica com chance de ver times fortes de verdade, sem essa pataquada marqueteira do nosso dia-a-dia.

Até porque no Brasil só aparece quem joga bola.

Os europeus é que podem gastar fortunas e não ganhar títulos. Para eles já está bom vender camisa na China e excursionar pelo Oriente Médio com jogador com cara de menina. Eu prefiro futebol.

É a eleição, estúpido

O presidente dos EUA, George W. Bush, fez na noite de segunda-feira o seu último discurso sobre o Estado da União. Já não era sem tempo. Sabendo que pouca gente terá saudade dele --pesquisas chegaram a lhe dar 3 por cento de aprovação há poucos meses-- o rapaz conseguiu defender supostos avanços na segurança do Iraque. Pediu confiança na economia e parou por aí.

Eis o que disseram os rivais democratas, candidatos a sucedê-lo na Casa Branca:

Hillary Clinton: "O presidente Bush teve uma chance final nesta noite de reconhecer aquilo que o povo americano sabe há anos: que a economia não está funcionando para famílias de classe média. Infelizmente, o que ele ofereceu foi mais do mesmo, um compromisso frustrante com as mesmas políticas fracassadas que ajudaram a transformar superávits recordes em grandes déficits, e a empurrar uma vibrante economia do século 21 para a beira da recessão."

Barack Obama: "Foi requentado em relação a discursos anteriores do Estado da União. Conforme viajo pelo país, (vejo que) o povo norte-americano quer mais, muito mais. Está ansioso com seu futuro econômico. Está vendo (a hipoteca de) sua casa ser executada. Está vendo empregos se contraindo. Está preocupado em conseguir enviar seus filhos à faculdade. O que eles querem é liderança da Casa Branca."

John Edwards: "O presidente esta noite renovou seu apelo por um plano de recuperação econômica. Mas o plano que ele e o Congresso ofereceram deixa de fora dezenas de milhões de norte-americanos que mais precisam de ajuda. Este plano levaria meses para ter impacto, e as pessoas que eu encontro todo dia na campanha não podem esperar meses. Essa gente está sofrendo agora e precisa desta ajuda agora."

Nem uma palavra sobre o Iraque.

Nenhuma palavra sobre o maior fracasso diplomático da história recente. O mundo que se colocava ao lado dos EUA no dia 12 de setembro de 2001 --a manchete do jornal francês Le Monde nesse dia foi "Somos todos americanos"-- transformou-se na antipatia mais profunda.

Tudo bem que a eleição dos EUA, assim como todas, se guie em torno da economia --como diziam os gurus do ex-presidente Bill Clinton, é a economia que leva eleitores às urnas, e não os estúpidos que se digladiam em um país longe demais.

Mas líderes são moldados em torno de idéias, e não apenas de eleições.

Ao relegarem a segundo plano a questão iraquiana, que representa a perda da credibilidade americana, Hillary, Obama ou Edwards reforçam os sinais de que, se eleitos presidente, pouco mexerão no barril de pólvora iraquiano. E que tampouco merecem muito crédito pela suposta esperança que geram.

Não nos enganemos. A eleição americana fala em mudança --seja com Hillary ou Obama, seja com o republicano John McCain, mais afastado dos neoconservadores de Bush. Mas no fim das contas, estão todos do mesmo lado. Do lado da eleição, estúpido.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Quem está numa fria?

Doze deputados brasileiros estão presos na Antártida por causa do mau tempo. Devem voltar mais de uma semana depois do previsto. "Corremos o risco de passar o Carnaval aqui", diz o senador Renato Casagrande (PSB-ES). O avião da Força Aérea que buscaria os parlamentares não consegue pousar por conta da instabilidade do tempo.

Coitados.

A missão dos parlamentares na Antártida é muito nobre: conhecer os trabalhos na Estação Comandante Ferraz, a base brasileira no continente.

Levando-se em conta as sessões vazias do Congresso desde o ano passado, ir ao continente gelado certamente é mais importante do que ir a Brasília. Até porque a reforma tributária pode ficar para depois, assim como os estudos dos cortes no orçamento que serão feitos após a derrubada da CPMF.

As focas e os leões-marinhos agradecem.

Além de Casagrande, fazem parte da comitiva os deputados Ricardo Trípoli (PSDB-SP), Moreira Mendes (PPS-RO), Wellington Coimbra (PMDB-ES), Colbert Martins (PMDB-BA), Edmilson Valentin (PC do B-RJ), Paulo Teixeira (PT-SP), Jorge Maluly (DEM-SP), Maria Helena (PSB-RR), Fábio Ramalho (PV-MG), Luciano Pizzato (DEM-PR), Fernando Chucre (PSDB-SP) e Vinicius Carvalho (PT do B-RJ).

A eles, presto minha solidariedade.

Coitados.

O São Paulo joga mal e tem diretoria chata.

O título deste post é quase uma heresia na imprensa esportiva brasileira, que prefere participar do espetáculo da bola em vez de fazer jornalismo. Mas é esse o quadro atual do time do Morumbi. E não o de campeão mundial por antecipação de 2008.

O São Paulo fez um péssimo clássico contra o Corinthians. Poderia ter perdido o jogo inapelavelmente, caso Finazzi e Lulinha não finalizassem tão mal quanto de costume. Não levou perigo a Felipe em nenhuma ocasião aguda. Hernanes abusou de errar passes. Jorge Wagner, ninguém viu. Dagoberto, inofensivo.

Até Rogério Ceni foi inseguro.

Mas jogadores, diretores e comissão técnica tricolores só se lembram dos lances polêmicos do jogo. Os problemas são um pênalti, que interpretei ter existido, e um gol, bem anulado na minha opinião, após o quase inofensivo e sempre sóbrio Adriano fazer carga à italiana sobre o zagueiro corintiano William.

Azar do árbitro.

Os são-paulinos preferem chutar o juiz Sálvio Spinola, candidato a apitar a Copa de 2010, do que se recordar das últimas três partidas: magro 1 x 0 sobre o Rio Preto no Morumbi, o empate xoxo por 1 x 1 com o Ituano e o clássico de domingo. Sobram prepotência e indignação exagerada e falta senso crítico.

E não é de hoje...

Pior do que isso tudo é a comissão de árbitragem da Federação Paulista de Futebol, liderada pelo são-paulino Coronel Marinho, aceitar que Sálvio não apite mais partidas do seu clube do coração no futuro próximo. "Ah, mas o próprio juiz quer evitar o desgaste", dizem os incautos.

Conversa furada. O Coronel não bancou e Sálvio teve de se segurar. Certamente o rival Carlos Eugênio Simon, o outro candidato a apitar a Copa de 2010 (seria sua terceira aparição no Mundial), não sente muita pena do árbitro paulista.

No documento enviado pelo São Paulo à FPF, a diretoria tricolor acusa Spinola de ter apitado o clássico de forma "incorreta, parcial e tendenciosa", além de “flagrantemente contrária ao São Paulo". A não ser que haja provas contundentes dessas afirmações acima, se eu fosse o árbitro processaria o clube do Morumbi.

Além de ceder à pressão do Tricolor e colocar o seu comandado Spinola sob suspeição por conta da arbitragem no clássico (a interesse de quem?), Marinho abre um precedente perigoso. Agora bastará ter o melhor time no papel que, se a vitória não vier, a conclusão será que o problema só pode estar no apito. Nem que ele esteja na boca de um Pierluigi Colina dos trópicos.

Esporte, política e religião

Aqui falarei daquilo que muita gente evita discutir. Sou corintiano, esquerdista e agnóstico. É dessas premissas que eu parto para discutir o resto.