O último debate dos candidatos republicanos à presidência dos EUA antes da superterça teve um claro perdedor: o favorito para ganhar a indicação, o senador John McCain. Apanhou do mórmon milionário Mitt Romney, do convicto ultracristão Mike Huckabee e levou uns soquinhos do deputado Ron Paul, que estava ali fazendo a linha republicano-liberal-que-bate-em-todo-mundo. A mesma linha que já foi de McCain.
Romney, que é o mais forte adversário de McCain, venceu o debate. Desmentiu o senador com bastante substância após ser acusado de apoiar um cronograma para retirada do Iraque. Foi mais incisivo e acusou o veterano de guerra de usar "truques sujos da política de Washington" e de se apoiar na imagem para não demonstrar que é mais liberal do que a média dos candidatos republicanos.
Mas não levou.
Precisava vencer de 4 x 0 para levar o jogo para a prorrogação. E ficou só no 1 x 0, com um gol de pênalti.
Com o apoio do ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani e do governator of California, Arnold Schwartzenegger, John McCain consolidou sua vitória na indicação do partido. E deu ao presidente George W. Bush mais uma derrota, porque ganhe quem ganhar as eleições gerais deste ano, ele não terá feito seu sucessor na Casa Branca.
Será a primeira vez em décadas, pelo que li até agora, em que um candidato que tem a simpatia do New York Times leva a indicação dos republicanos para disputar o comando da nação mais poderosa do mundo.
Romney foi pouco ousado e não mudou sua imagem de endinheirado aventureiro, apesar de ter sido governador de Massachussets. A vitória no debate ficará como prêmio de honra para quem tinha dinheiro e juventude para suplantar um candidato que há meses mal pagava os funcionários da sua campanha e hoje desponta para a vitória interna. Dinheiro não compra tudo. Nem o partido republicano!
Mudamos (01/16)
Há 8 anos
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