quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Brio e estupidez no Rio Grande do Sul

Sou paulista e não acho que onde nasci me faz superior em nada. Tem gente boa e gente ruim em todo lugar. Mas não consigo não ficar encucado com uma coisa: por que tantos gaúchos que conheci, pessoalmente ou pela mídia, confundem brio com estupidez?

Esse é certamente o caso do vice-presidente de futebol do Grêmio, André Krieger, que disse ver favorecimento ao Palmeiras na disputa pelo título brasileiro, uma vez que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) absolveu o meia-atacante Diego Souza depois da cotovelada que ele deu em um rival do Cruzeiro.

"Não se pode abrir o coração sob risco de uma punição moral. Mas isso já aconteceu há alguns anos, contra o Inter, e o favorecido foi o Corinthians", afirmou ele, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Então tá.

O time dele é treinado pelo Celso Roth, estava surpreendentemente liderando o campeonato, caiu de produção e agora o Palmeiras está sendo beneficiado, igual ao Corinthians em 2005. Os parceiros do Palmeiras investiram milhões no time e na comissão técnica e o dirigente do Grêmio se vê prejudicado. Oquei.

A impressão que fica é que tem muito gaúcho provinciano comandando os dois clubes grandes do estado. Pra mim, os gaúchos são os chineses do Brasil: têm lá sua importância e ficam choramingando porque o mundo não admite que a terra deles é a mais importante que já existiu e que se eles não vencem sempre, é porque houve um terrível complo dos invejosos e inescrupulosos.

Um saco.

Em 2005 foi a mesma coisa em um grau muito maior com o Internacional. Eu defendia que o campeonato fosse anulado quando descobriram os roubos do juiz vagabundo. Mas os clubes quiseram jogar. Para continuar jogando, a exigência foi que se disputassem as partidas em questão mais uma vez. E o Corinthians saiu campeão. O Inter, como se nunca mais fosse ganhar um título na sua história, ainda reclama. Ganhou o Mundial e ainda reclama!

Um tédio.

Acho que alguém tinha de começar a dizer pros cartolas gaúchos que brio e estupidez são coisas diferentes. Os dirigentes do futebol do Rio Grande do Sul têm de aprender não apenas a perder, mas também a assumir responsabilidades.

2 comentários:

Anônimo disse...

Essa choradeira gremista é mesmo injustificável em relação ao Palmeiras. Mas a do Inter em 2005, convenhamos...

Cletus Vinícius disse...

Podem olhar a fita dos jogos: em nenhum momento o Edilson Pereira de Carvalho fez uma arbitragem ruim.
Não que eu esteja o defendendo. Mas me parece que quem ele mais enganou foi quem o pagou.
Inclusive, numa ocasião, ele, corintiano, fora pago para favorecer o Corinthians contra o Santos. O Corinthians perdeu a partida e o Edilson não deu um penalti claro a favor do Timão.
Como já foi dito pelo post: todos os times aceitaram jogar.
Aliás, diga-se de passagem, o Corinthians estava muito a frente do segundo colocado e caiu bruscamente de rendimento com o Antonio Lopes no comando.
Pra manchar mais o campeonato o juiz não dá o penalti que o irregular e atrapalhado Fabio Costa fez no Tinga.
Mas é muito complicado atribuir todo um campeonato, ainda mais de pontos corridos, a um lance só, que foi esse do penalti.
Se for assim, eu posso indicar pelo menos 3 ocasiões onde o Corinthians foi prejudicado, e que se não fosse não daria margem para a falação até hoje porque a distancia de pontos do segundo colocado seria maior ainda.
Mas, como é o Corinthians, falam até hoje...