domingo, 18 de janeiro de 2009

A ditadura que os ciclistas querem

(Farei uma adaptação justa, para não colocar no mesmo balaio gente que pode pensar diferente. A crítica que faço é a alguns xiitas que encontrei em dezembro, na rua Augusta, e que tenho visto se manifestar por aí como se ciclovia fosse a única solução para os problemas do transporte público na cidade. Agradeço a todos pelos comentários e, em especial, para as críticas que são justas. Não às bobagens, inclusive a de que na periferia usar bicicleta é importante. Só quem nunca foi até os cafundós da cidade acha que alguém dali pode ir de bicicleta pro trabalho em uma região mais central da cidade. Eu já fui diversas vezes.)

Em vez de mais transporte público, para beneficiar a população toda, mais ciclovias PARA MIM! É isso que querem muitos dos ciclistas que têm se manifestado em São Paulo nos últimos tempos, inclusive com um protesto peladão na Avenida Paulista. Eu não gosto deles. Se você que está lendo o meu blog faz parte desse grupo que acha que ciclovia é mais importante do que transporte público de qualidade, conte com o meu mais absoluto desprezo.

O mais irritante é esses figuras que reclamam da falta de ciclovias na cidade nas áreas mais centrais, com protestos na rua Augusta, na Consolação, usam um tom de indignação babaca típico de quem não está nem aí se faltam ônibus na Cidade Tiradentes ou em São Mateus. Eles existem e quem faz parte do movimento e não vê as coisas assim sabe disso.

Para esses seguidores mais xiitas de Soninha "A Gente Boa" Francine, é importante tirar carros da rua para dar espaço para as bicicletas, e não para ampliar corredores de ônibus e beneficiar a toda a população. São do tipo de gente para quem as políticas públicas só são boas se trazem contrapartidas unicamente para eles próprios. Uns manés. Vão chupar limão.

31 comentários:

Anônimo disse...

Eu nem deveria perder meu tempo aqui contigo, mas não da pra ler tanta idiotice e ficar quieto.

Eu como ciclista não quero ciclovia. Quero respeito seja do motorista, seja do pedestre, seja do motociclista, seja do outro ciclista.

Não sou seguidor de nenhum politico. Voce fala tudo isso, mas cade você protestando por melhores condições no transporte publico? As pessoas da bicicleta brigam por isso também. Leia um pouco mais e tente ser menos estupido e ignorante ao escrever...

[]s

Anônimo disse...

Transito de merda!!! Tira esse cara poluindo o ar da minha frente.

Fabrício Muriana disse...

Querido Sava

Eu não acredito, realmente, que você tenha pesquisado ao menos um pouquinho pra emitir as opiniões desse post.
A briga dos ciclo-ativistas, os mais chatos, esses de que vc não gosta, não é por ciclovias, mas por respeito, algo que falta no trânsito de São Paulo desde que me entendo por paulistano. Vale dar uma lida no manifesto assinado por eles (e também pela menina que morreu). Tem um trecho nesse blog aqui http://pedalante.wordpress.com/2009/01/14/sempre-marcia/
Recomendo com veemência que você dê uma lida no post do Mario Amaya sobre a morte da ciclista que gerou toda a discussão:
http://marioav.blogspot.com/2009/01/protesto-dos-ciclistas-na-paulista.html

Abração

bobmacjack disse...

Cara, você está tremendamente equivocado. A luta do grupo que a Márcia e eu fazemos* parte é maior, é por um mundo melhor. E para isso acreditamos que a bicicleta é o meio de transporte ideal: não poluente, trás saúde a quem a utiliza etc.

Somos totalmente a favor da melhora dos transportes coletivos. Trens, ônibus, taxis, todos esses meios são defendidos como os ideais ao lado da bicicleta por serem mais democráticos, cada um a sua maneira, e por retirarem carros particulares da rua. Esse sim é um meio de transporte egoísta. Tente contar quantos carros com apenas uma pessoa passam numa via de grande movimento no horário de rush. Agora imagine se essas mesmas pessoas usassem ônibus, trens e bicicleta. Acabou o trânsito da cidade.


O que ocorreu na Paulista é que houve a infelicidade de um ônibus ter sido o instrumento letal que levou nossa companheira. Se fosse um SUV, um taxi, uma moto ou uma fiorino, meios de transporte igualmente agressivos aos ciclistas (não todos os condutores, fique bem claro) a indignação por nossa parte seria igual.

Não queremos ciclovia, queremos harmonia.

O seu mais absoluto desprezo é semelhante algo que sentimos nas ruas todos os dias por parte dos motoristas em relação à nossa vida.

* Márcia nunca será esquecida por todos que a conheceram na bicicletada.

bobmacjack disse...

Esqueci de assinar o comentário acima, fica parecendo que é anônimo.

Laércio Luiz Muniz

Cletus Vinícius disse...

Como se vê, todos que postaram (até agora) trataram o autor do blog com respeito.
O respeito que Savarese merece pela maioria das coisas que escreve.

E por mais que não concorde com tudo que Savarese escreve, não poderia esperar por uma posição tão... tão... tão... (estou sem palavras)

Todos têm o direito de errar. No momento estou decepcionado com o quem eu considerava ser um dos melhores blogueiros que eu acompanho.

Poderia e até queria dizer muito mais.
Mas acho que já foi dito o bastante.

Cletus Vinícius disse...

Além disso, seu post, Senhor Savarese, legitima qualquer manifestação dos ciclistas, pois prova com que tipo de pessoa eles precisam lidar no transito.

Anônimo disse...

Senhor Savarese...

Com certeza você não pesquisou nada para saber o que esse movimento realmente quer.

Leia o Manifesto dos Invisíveis, sugerido em outro post, uma grande luta dos cicloativistas é para mudar esse paradgma de que queremos ciclovias. Ciclovia é só mais uma infrastreutura dentro de um sistema cicloviário. Eu particularmente luto por cidades humanas e por uma cidade que eu possa viver tranquilamente, sem a necessidade de ter um carro.

Eu uso a Bicicleta como meio de transporte, mas quando isso não é possível, uso o transporte público e luto para que ele seja digno. Como eu vejo milhares de ciclistas na mesma situação.

Também me preocupo muito, não só com a falta de ônibus na cidade Tiradentes, mas também pela segurança do ciclista que lá pedala (na periferia há muiiitooo mais ciclistas que nas regiões centrais) que pedalam sem o menor respeito e proteção, que deveria ser garantido pelo estado.

Eu mesmo briguei muito para que os terminais de ônibus e estações de Metrô na Periferia, tivessem Bicicletários, para que esse ciclista que usava o péssimo transporte público para chegar até os trens, tivesse uma opção para economizar uns reais. E isso já ocorrem em Itaquera, nas estações Ermelino Matarazzo, Usp Leste, Jandira, Itapevi, Interlagos, Grajaú, Campo Limpo, Capão Redondo, entre outros. Não milhares de ciclistas beneficiados graças a luta desses "babacas pelados" que lhes escrevem.

Procure se informar melhor, eu procuro acreditar que algumas pessoas são contra nossos ideais por um simples desconhecimento e pela má informação prestada pela nossa mídia corporativa.

Se quiser participar de um debate franco, leal e de alto nível, estamos a disposição. Agora se quiser continuar acreditando no que a mídia patrocinada pela Anfavea diz sobre nós, aí não podemos fazer absolutamente nada.

Abraços

André Pasqualini

Anônimo disse...

A bicicleta nunca vai ser A solução para o trânsito de qualquer cidade do mundo. Mas vai ser UMA das soluções.

Por incrível que pareça, justamente nas áreas mais pobres em que faltam ônibus, é onde a bicicleta já é mais usada aqui em São Paulo. Seja na Cidade Tiradentes ou em Parelheiros.

Antes de pensar em ditadura, abra os olhos e veja a quem realmente interessa a promoção da bicicleta. Os cidadãos que protestam na Paulista vem de várias partes da cidade e lutam por algo que beneficiará justamente quem mais precisa.

Entre nessa e ajude a pressionar por transporte público de qualidade ao invés de propagar a desinformação sobre a real função da bicicleta em nossa cidade.

Ronaldo Assim disse...

Cara,

Você é a pessoa mais mal informada do planeta.

Deveria ao menos pesquisar antes de escrever tamanho absurdo.

Estou ignorando o que li aqui por ser tremendamente sem fundamentos.

Apaga este teu blog e vá ler jornal.

Fabiano disse...

Olá, conte com o meu pouco respeito e desprezo pela postagem ignorante!

Sou ciclista, já participei de diversas Bicicletadas em 3 cidades deste país e já discuti contra ações que fossem contra o transporte público, que inclusive acima das bicicletas deveria ser priorizado.
Por isso, nas Bicicletadas em São Paulo respeitamos as faixas dos ônibus (você já participou de uma Bicicletadas? não? pois deveria, assim acreditaria com seus próprios olhos!).
Venha à Praça do Ciclista na última sexta-feira do mês. Pegue o ônibus e desça no final da Paulista. Descubra como conseguir uma bike com os participantes e desfrute de uma sensação que jamais imaginaria existir.

Anônimo disse...

Meu total apoio a tudo que os outros disseram aqui em cima.

Acrescento ainda que tenho a ligeira impressão de que você só queria causar.

Apaga o holofote, meu filho.

De besteiras já estamos cheios.

Anônimo disse...

Expor deste modo sua opnião é prova da sua mais completa ignorância sobre democracia, políticas públicas e ambientalismo. Minha crítica, meu caro, longe de qualquer ofensa como visto em seu texto, é à favor da EDUCAÇÃO, no seu sentido mais amplo. Leia mais à respeito do assunto e o entenda em seu âmago pra poder melhor criticá-lo ou como ser racional que és, passe também você a apoiar iniciativas humanistas.
Ainda há esperanças pra sua desinformação, não se deixe manipular pelas palavras de ordem e de consumo. Defenda suas idéias, e faça uma revolução de fato, ações concretas longe deste lamentável blog; vc é capaz?

M.S. disse...

Caros, obrigado pelos comentários. Para a informação geral: eu não dirijo, não quero dirigir e não sou a favor de se fazer ciclovia antes de melhorar o transporte público na cidade. A questão de vocês me parece igual à da legalização do uso da maconha (eu sou ainda mais liberal nisso, acho que tinha de liberar ainda mais para quebrar o tráfico): a causa é justa, mas a questão é prioridade. A prioridade dos ciclistas que têm se manifestado tanto não tem sido falar sobre transporte público como um todo, mas sim de convencer as pessoas, nem que seja na marra, a trocar carro por bicicleta. É elitista, sim. Se vocês querem mais do que têm hoje, têm de aprender a conviver com críticas.

marcio disse...

Sr. Savarese, quem demonstra não saber conviver com opiniões diferentes é o sr., haja vista sua postagem intransigente, cheia de preconceito( no significado exato da palavra) e mal informada.

Se o sr. tivesse a paciência de se aproximar dos cicloativistas e modestamente prestar atenção às reivindicações mais amplas, ao pensamento altruísta dessas pessoas, já saberia que desejam uma cidade sem transporte individual motorizado(egoísta e poluidor), com corredores de ônibus(rápidos de implantar e de menos custo) eficientes e integrados a todos os modais, bicicleta inclusive, e metrô a longo prazo.
Desejamos uma cidade silenciosa, com pessoas mais calmas, corações mais serenos, com pedestres e crianças atravessando vias em segurança, veículos circulando lentamente sem oferecer perigo à vida.
Uma cidade onde circular de automóvel, de ônibus, de bicicleta ou a pé não seja uma forma de distinguir classe social, fato de origem inquívoca da cultura do automóvel fomentada no último século.

Mas o sr. insiste que queremos encher a cidade de ciclovias nessa réplica, mesmo depois das várias citações em contrário acima, me desculpe, mas aí já duvido um pouco da sua inteligência.

Pedir respeito na via não exige custo financeiro de lado nenhum, é solução rápida, é solução agora ! E respeito à vida é prioridade, sim, senhor! A qualquer tempo.
E não se trata de convencer na marra motorista de carro a usar bicicleta, mas a exortar a todos eles que deixem vivos na via os que precisam usá-la agora, e por direito de lei, inclusive.

Se promover a bicicleta como transporte é elitista, então acabamos de promover à classe alta a multidão de trabalhadores de baixa renda paulistanos que circulam diariamente em suas bicicletas até o trabalho, grande mobilidade social é capaz a bicicleta, então. Salve a bicicleta ! Veículo da ascensão social instantânea.
Brinco, mas de fato se todos, de qualquer classe, passassem a usar bicicleta como transporte, as classes se aproximariam e os "ricos" veriam o quanto nós, humanos, somos parecidos quando nos despojamos dos "anéis"(caríssimos bens motorizados)....

Sr. Savarese, jamais eu desprezaria o sr. sem conhecê-lo, como faz com os ciclistas que clamam por respeito à vida nas vias, e já nisso fica evidente o que nos diferencia, compreende?

Seria de bom senso que o sr., como pedestre por excelência que é(nem carro tem), tivesse mais carinho para analisar movimentos em favor dos mais fracos nas vias, pois, não somos nós quem criamos esse número de mortes absurdo no trânsito brasileiro, e brigando pela redução da velocidade desses, pelo respeito às leis de trânsito, pela restrições de carros em áreas urbanas densamente populosas como fazemos, estamos mudando o mundo e deixando ele melhor e mais humano para seu filho, seu neto.

Desejo mesmo muito sucesso ao sr., nas suas lutas, suas reivindicações em prol do coletivo, que devem ser muitas e intensas, certamente.

Um abraço

Márcio Campos (ciclista urbano)

Jeanne disse...

Não, Savarese, não é isso. Perceba que é justamente na periferia que a bicicleta é mais forte. É lá, onde as pessoas ganham até 1 salário mínimo por mês, que o gasto com transporte representa 90% do orçamento de uma família. É lá que a bicicleta representa, não só autonomia e liberdade, mas mais dinheiro e poder de consumo. As pessoas que participam desse movimento sabem disso, discutem isso, estudam isso todos os dias. A luta é por melhores condições em toda a cidade. A bicicleta é uma das soluções, junto com várias outras, que você mesmo apontou. Por que não lutar por ela?
Abs,

Anônimo disse...

Caro Savarese,

Faço das palavras dos meus colegas ciclistas as minhas. Por isso, não preciso repetir algo que já está bem batido: carros cogestionam, poluem e não são coletivos.

Se você defende tanto o princípio que o transporte público pode tornar a cidade melhor, ótimo! Tenha o meu apoio. Afinal, uso ônibus e bicicleta como meio de transporte.

O que precisamos, Savarese, é de respeito. Só isso. Caso contrário, outro ônibus, carro, caminhão poderá matar mais um de nós.

Respeito não custa nada. Mas a falta disso pode custar vidas, como a da Márcia.

Também discordo que ciclovias sejam a melhor alternativa. Bicicletas, assim como ônibus, também são meios de transporte e podem conviver em harmonia. É o que esperamos, Savarese.

Que bom seria uma cidade com corredores de ônibus para todos os lugares, não? Seria possível que esta mesma cidade fosse gentil e educada entre si? Nós, ciclo-ativistas, fazemos a nossa parte, Saverese. E você? O que tem feito para viver em uma cidade mais harmoniosa?

Contamos com o seu respeito, Savarese.

Abraço,
Ricardo Bruns

Cletus Vinícius disse...

Savarese, em relação ao seu comentário, não é que os ciclistas não aceitem críticas.

É que seu post foi ofensivo, PRECONCEITUOSO e ignorante.

E também não acho equivalentes a luta dos ciclitas com a questão da maconha, muito embora aceite sua opinião sem delongas.

Anônimo disse...

O que os ciclistas querem é RESPEITO, à lei e à vida. RESPEITO não demanda investimentos e independe da ordem de prioridades (que sempre será política, e não moral).

Portanto, a opinião deste blog parte de premissa equivocada.

Saudações,

Lindóia

M.S. disse...

O slogan "Menos carro, mais bicicleta" não inclui a palavra respeito. Nas manifestações recentes que vi, ele foi o único entoado com grande alegria. Acredito que muitos manifestantes estejam fora da radicalidade ingênua de outros. Mas que há gente bem besta vinculada ao movimento, há sim. Vocês deveriam agradecer por alguém se dispor a fazer essa crítica, porque ela atrapalha quem tem motivações mais justas e consciência de conjunto. Não é o caso de todos. Sobre a necessidade de respeito, eu entendo bem. Há um ano escrevi uma matéria falando sobre as más condições de trabalho dos motoboys que saiu até no Washington Post. Grato.

Jeanne disse...

Boa retificação, Savarese. Mas sobre a periferia e as bicicletas: não é bobagem. Ninguém espera que o seu Zé saia da perifa e venha até o centro pedalando - mas é por isso que a luta também é por bicicletários, e por integração com o sistema de transportes. Há lugares em que o sujeito precisa caminhar muitos quilômetros só pra chegar até o trem. Aí eles pegam a bike, pedalam até a estação, deixam no bicicletário e seguem de trem até o destino final. Isso é integração, é o uso inteligente dos meios de que dispomos. Veja os bicicletários de estações como Guilhermina-Esperança, Corinthians-Itaquera e Carrão: as 100 vagas de cada uma estão sempre lotadas. Imagino que você já tenha ido, como você diz, para esses locais. Faltou, quem sabe, ir com esses olhos. Como mostram os Awareness Tests de Londres (http://www.youtube.com/watch?v=Ahg6qcgoay4), às vezes a gente não vê algo simplesmente porque não está procurando.
Abraços,

Unknown disse...

Senhor Savarese, o senhor está pautando todo um conjunto de idéias de um grupo a partir de palavras de ordem. No entanto, palavras de ordem são para chamar atenção no calor do momento, de forma alguma para explanar sobre idéias.
Novamente, o senhor demonstra não ter buscado informações para basear suas opiniões.

O senhor nos acusa de elitistas, assim como fez alguém no CMI, no entanto esquece que a maioria que usa a bicicleta é da periferia e pedela distâncias enormes. O senhor deve saber disso se conhece a periferia. Pois na periferia que conheço, as pessoas pedalam até 15km (apenas um trecho) para chegar no trabalho, "apenas" para economizar um "troco".

O senhor, baseado apenas em uma palavra de ordem, nos acusa de não defendermos o transporte público. No entanto, defendemos o transporte público para exista uma cidade melhor para o senhor, seus filhos e seus netos. Nós também queremos mais metrô, mais trens, mais corredores de ônibus.

Mas principalmente, queremos mais respeito, não APENAS para o ciclista, mas também para o PEDESTRES, que também são massacrados em nosso trânsito.
E no trânsito, respeito salva vidas.

O senhor fala em prioridades, mas existe PRIORIDADE MAIOR que a VIDA?

marcio disse...

Sr. Savarese, não sei o quê o sr. possa ter testemunhado na Rua Augusta que o fez ter opinião tão negativa a respeito de ciclistas urbanos. Entretanto não descarto que haja distorções de uma minoria. Eu mesmo, às vezes vejo adolescentes em bicicletas pelas ruas empinando em uma roda, ou em alta velocidade sobre calçadas, assustando a todos os pedestres e motoristas. Estão errados. Mas aqui, no cerne de nossa discussão, não estamos tratando dos adolescentes, conhecidamente transgressores e desafiadores por natureza da idade, e sim dos adultos jovens, que já não brincam mais pelas ruas com suas bicicletas, mas as usam como transporte, por ser barato, ser mais rápido, mais limpo, mais humano, por convicção que fazem mesmo que quixotescamente, um mundo melhor.
E veja que mesmo um adolescente desobediente às leis numa bicicleta fará sempre muito menos estrago e será menos fatal do que um adolescente "rachador" em seu carrão, e esses têm aos montes pelas ruas; não se sabe de um ciclista adolescente transgressor que tenha se desgovernado e subido numa calçada e atropelado 12 pessoas num ponto de ônibus só porque empinava sua bicicleta na via a 15 km/h. Quando muito o ciclista imprudente quase sempre vitimiza a si mesmo.

O acontecimento bicicletada cresceu muito em 2008, tanto que o aporte de participantes foi recorde, certamente há entre essas novas centenas de participantes muitos adolescentes e/ou pessoas que se juntam à massa que pedala porque "viu passando", gente que nem entende bem o que está acontecendo ali. Por parte de algum desses pode haver conduta e condução que é desaprovada pelos cicloativistas, que são sempre contra qualquer tipo de confronto com motoristas. Mas não se pode associar os que infringem leis a todo um grupo que luta pelo respeito a elas, seria generalizar tanto quanto os ciclistas dizerem que todo motorista tem tendência psicótica e assassina contra pedestres ou ciclistas que se opem à sua rápida progressão, e todos sabemos que não.

Quanto à frase: Menos carros, mais bicicletas ! é uma frase simbólica, ela resume nossas meta, que o veículo a motor, já que não é possível de fato controlá-lo, pois, sempre haverá quem transgrida, é da índole humana, então vamos todos reduzir seu uso, sua presença, reduzí-lo ao nível indispensável tão somente, e lutar pelo bom transporte público, pelas outras modalidades de transporte urbano mais eficiente e não perigosas à vida. Os exemplos no exterior só confirma que é possível conviverem pedestres, ciclistas e automóveis lentos(bem lentos) na mesma via sem mortes nem ranger de dentes.

Confiando na sensatez, nunca fecho a porta à conversa, mesmo quando leio ataques precipitados, que denotam desinformação da outra parte.

Abraço

Márcio Campos (ciclista urbano)

Anônimo disse...

É justo que as pessoas tenham espaço para andar de bicicleta, com segurança e conforto, e a falta desse direito é ainda mais chocante com a morte da Márcia. Boa parte dos avanços da sociedade civil nos últimos anos aconteceu com movimentos para conquistar direitos específicos, e provavelmente os ciclistas tambem, cedo ou tarde, vão conquistar todos os direitos que lhes cabem. O que me incomoda, e pelo jeito também ao Savarese, é que uma parte barulhenta dos ciclistas conseguiu transformar essa discussão em uma cruzada. Caiu para o campo moral, tentando imiscuir nas pessoas um sentimento de culpa: se você anda de carro, é malvado. Criou uma clivagem entre dois setores da classe média: os conscientes que andam de bicicleta e são a favor do transporte público contra os ecodesdenhosos, que não poderiam se importar menos com o espaço público. Como todo estereótipo, é só um panfleto que esconde, em alguns casos, uma série de circunstâncias concretas. E acaba se espalhando na base do voluntarismo, sempre moralista: eu faço, e você?
Como os ciclistas têm direito de ter espaço para andar de bicicleta com segurança, eu tenho o direito de não querer me manifestar, de me manter em silêncio. E tenho o direito de achar que os protestos dos ciclistas, inteiramente pelo tom e em parte pelo conteúdo, como um exercício de manha coletivo, se reduziu ao rascunho de choro de crianças mimadas. Tenho essa mesma impressão quando vejo manifestos dos vegetarianos também. São tentativas aparentemente bem-intencionadas, mas escondem um autoritarismo intenso: tentam impor à sociedade todas as suas crenças.
Eu, do meu lado, acho que o governo precisa construir ciclovias na periferia da cidade, no entorno dos metrôs. Mas desde que esses recursos não saiam do orçamento da expansão dos terminais e dos corredores de ônibus nem do metrô.
Quanto ao respeito, eu já ficaria bem feliz se os ciclistas não tentassem me convencer de nada. Porque eu não fico tentando convencer nenhum ciclista que andar a pé é uma delícia.

Anônimo disse...

Sr. Leandro Humberto, Se formos pensar como você então estavam errados os negros que lutaram e protestaram contra a escravidão pois tentaram impor aos outros seu modo de pensar de que nenhum ser humano poderia deixar de ser livre e não poderia ser oprimido por seus pares? Deveriam eles terem se calado diante dos abusos cometidos contra eles? Devemos então nos calar diante dos abusos cometidos contra nós ciclistas? Realmente essas pessoas que estão nos criticando estão fazendo sem conhecimento de causa, pois o que queremos, o que a Márcia queria, de maneira geral é um mundo melhor para todos, não só para nós ciclistas.

É que mundo melhor é um termo um tanto vago, para uns mundo melhor deve ser onde é tudo automático, aperto um botão e estou no meu carro, dou alguns comandos e ele me leva a qualquer lugar sem esforço, sem que ninguém me atrapalhe, onde não precise lidar com variáveis como mudanças de temperatura, outros seres vivos no caminho, etc. fechado no meu mundinho, onde aquilo que acredito seja lei e ninguém queira me mostrar outras formas de pensar.

Para mim, o conceito de mundo melhor é de fazer com que o mundo se pareça o máximo possível em alguns aspectos com aquele de milhares de anos atrás onde a natureza se auto-regulava, onde o homem não se sentia superior à natureza, mas sim integrado à ela, sem deixar de usufruir de algumas ferramentas criadas ou aprimoradas pelo homem, como a bondade, a compaixão, o raciocínio lógico, o banho quente(rsrsrs), etc.

Você está certo, temos o direito de deixar tudo como está, de sentarmos nossa bunda no sofá e perder uma hora de vida por dia assistindo ao Big Brother. Assim como temos o direito de nos levantarmos contra aquilo que não achamos correto e tentarmos mostar a todos o pq não está certo, com argumentos, com protestos, da melhor forma possível, isso com certeza irá desagradar aos mais acomodados, mas eles tem o direito de serem acomodados pq são livres, mas só são livres pq alguém lutou para que assim fosse.

Hoje as pessoas tem direito a andar de carro e sair por aí poluindo o ar e degradando a cidade e o planeta que é a nossa casa (vou tentar impor mais uma idéia às pessoas, indicando esse ótimo texto do Vitor Leal sobre a “nossa casa”: http://nossoquintal.org/2008/08/18/nao-existe-isso-de-jogar-fora/), mas eu espero que um dia seja proíbido usar um carro com motor que libere CO2 na atmosfera pelas razões que todos já sabem, portanto, se alguém continua a fazer algo que sabe que trás conseqüências ruins, acho que podemos sim considerar essas pessoas "malvadas" como você mesmo escreveu, essas conseqüências são ruins para todos.

Enfim, acho que a liberdade deve ser usada com responsabilidade e consciência e deve ser mais valorizada. Do jeito que as pessoas ficaram acomodadas no Brasil após o fim da ditadura, se um ditador vier a tomar o poder novamente, quero ver vc usando seu direito de não querer fazer nada a respeito.

É por isso que nós lutamos, por não concordarmos com a ditadura dos carros que nos é imposta pela industria automotiva, pela mídia que é patrocinada por ela, pelo governo que lucra com ela e por aí vai.

Boa noite a todos.

BRUNO GIORGI

Unknown disse...

Senhor Savarese, apesar de ninguém falar em ciclovias, o senhor ainda fica se referindo a nós como se quisessemos simplesmente isso.

Há prioridades na cidade, mas há também muito dinheiro para todas as prioridades. Por exemplo, se usassemos o dinheiro gasto no Estilingão (ponte estaiada) com a criação de um plano cicloviário de mais de mil km por exemplo, teríamos condições de colocar milhões de ciclistas nas ruas, em sua grande maioria, pessoas humildes, como o manobrista do prédio em que trabalhava. Quando ele soube que morava perto de mim (a 16 km do trabalho) e me viu vindo ao trabalho de bicicleta, resolveu fazer o mesmo, comprou uma bike de 400 reais, em 4 de 100 reais e pagou com o dinheiro que gastava com vale transporte. Em 4 meses ele teve um aumento de 180 reais na sua renda mensal. Portanto investir em bicicleta eu considero sim uma prioridade.

Não quero que o dinheiro gasto com transporte público vá para a bicicleta. Quero que o dinheiro gasto com carros vá para a bicicleta. Quero que tenhamos um pedágio urbano para que os carros custeassem a infra para as bikes.

Quando gritamos "Menos carros, mais Bicicleta", de certa forma pedimos justamente isso, que pare de gastar com carros, a cidade não precisa de mais avenidas, mais minhocões, mais viadutos, nossa cidade não precisa de infra para os carros, a que temos já é o suficiente, temos que fazer o possível para tira-los das ruas. Veja como fica o trânsito nessa época? A solução do trânsito é essa, tirar carros das ruas. Aliás, eu sou a favor de proibir o minhocão para os carros, jogaria-os todos para baixo e lá em cima só ônibus elétricos, sem barulho para incomodar os moradores, além de pedestres e bicicletas. Se você não tem carro, poderia entrar nessa campanha também, que tal?

Agora senhor Leandro, a maioria das pessoas que você viu lamentando ou "fazendo manhã" na imprensa, foram amigos da Marcia. Eu mesmo viajei com ela no domingo antes da fatalidade, perdi uma grande amiga e sinceramente não consegui me manifestar sem demonstrar a imensa dor que eu tive. Se você já perdeu um ente querido e super próximo, deve saber o que eu estou falando. Aliás, a maioria dos ciclistas que eu vi falando com a imprensa, tinham ligações com a Marcia, portanto considero mais que justificáveis os comportamentos.

Agora esse negócio de que queremos empurrar goela a baixo o que queremos, só demonstra que você não compreende nada do movimento cicloativista.

Não quero que todo mundo ande de bicicleta, eu acho que seria maravilhoso, mas pedalar exige esforço fisico e sabemos que tem pessoas que não conseguem fazer nada que requer gasto calórico, portanto, só por esse contratempo já sei que nunca teremos só ciclistas pelas ruas.

Agora o que exigimos realmente dos motoristas, é que dirijam com o mínimo de prudência. Parem de gritar para a gente ir para a calçada, ou "ir para a ciclovia", ficar dizendo que lugar de bicicleta é no parque. Quem realmente quer impor algo a nós é grande parte da sociedade que quer nos obrigar a nos deslocar de carro ou de transporte público.

Não me desloco de transporte público porque não quero gastar meu dinheiro. Se tenho condições de me deslocar de bicicleta, é isso que farei. Você não quer? Tudo bem, é um direito seu, mas não tente me impedir.

Também não tente me impedir de tentar convencer as pessoas que QUEREM andar de bicicleta, mas não o fazem por puro MEDO. Quando dou mensagens que qualquer um pode pedalar, na verdade estou tentando motivar os que querem e não os que não querem de maneira alguma. A mensagem que eu passo para esses é "Compartilhe a Via" e "Cumpra as leis", principalmente as leis que servem para proteger a vida e a civilidade.

Não reclamo de um carro que a noite, corta um farol vermelho, depois de parar e ver que dá para passar, mas não vou concordar com o motorista que avança em cima do pedestre só porque o farol abriu e ele não concluiu a travessia, com o motorista que para em cima da calçada obrigando os pedestres a andar na rua, que ultrapassa o ciclista sem reduzir a velocidade e fazer a ultrapassagem com segurança. Garanto que se eu fosse uma jamanta, andando a 10 km/h, nenhum carro tiraria fina de mim, porque então o fazem só porque estou de bicicleta?

Você esta superficializando a discussão, o movimento cicloativista cresceu, porque a internet colaborou e porque muita gente (e poe muita gente nisso) quer ter uma cidade mais tranquila e que possa pedalar com segurança. Não necessariamente como eu, que faço tudo de bicicleta, até viagens longas, mas para poder ir até a padaria, a academia, ao supermercado, sem a necessidade de ter que usar o carro para tudo.

Somos a voz de muitos e participamos do movimento mais democrático que esse pais já viu, onde discussões como essa ocorrem até dentre os ciclistas, sem que ninguém seja cerceado no seu direito de se manifestar.

O conselho que eu dei ao senhor Savarese, serve para você, procure entender esse movimento, procure saber mais, não se baseie apenas no que aparece na TV ou em alguns jornais, esse é um movimento que tem mais de 6 anos e vem sofrendo mudanças constantes, por isso que conseguimos hoje chamar tanta atenção da população. Os resultados vou provar logo, quando mostrar que por mais que não pareça, as mortes envolvendo ciclistas diminuiram, enquanto os demais modais, moto, carro e a pé, continuam iguais ou pior.

Abraços

André Pasqualini

Anônimo disse...

Bruno, André, vossos textos são excertos de um manual autoritário repleto de mistificações. Suas idéias mal conseguem disfarçar a sanha de moldar o mundo aos seus propósitos. E o pior é que você as embrulha em um "pacote de bom senso", fazendo com que à primeira vistas elas pareçam boas porque ecoam um senso comum recheado de espinhas na face: afinal, quem não quer salvar o planeta? Até o Capitão Planeta queria.
Você comete o erro típico do politicamente correto que embota o pensamento: pega um exemplo histórico, o arranca do contexto, compara a uma situação presente que não guarda nenhuma relação com o assunto em pauta e depois parte para a desqualificação, querendo imputar a mim uma série de atributos. Você tenta personificar em mim o estereótipo dos seus ódios. Desculpe, não sou um personagem dos quadrinhos. Arrume outra pessoa para você pensar à noite enquanto bate os pés no chão e choraminga: "Tia, ele discorda de mim".
E isso porque eu disse que sou a favor do direito dos ciclistas! Você, na sua tentativa de enquadrar o mundo aos seus ditames, corre rumo ao vazio e se esvazia.
Comparar a escravidão dos negros às bicicletas ofende a memória de todos os negros que morreram nos navios negreiros. Ofende o presente das pessoas pobres das periferias que são descendentes desses negros e que precisam de um carro para usar no final de semana porque, por exemplo, uma irmã mora em Taboão da Serra e o irmão, em Franco da Rocha. Caso você não saiba, faço questão de lhe dizer: isso toma mais de três horas com um trem deficiente e um ônibus periclitante. Você compara coisas incomparáveis e produz algo que me assusta. Seria bom que essas pessoas tivessem bicicletas para lazer e para percursos curtos. É importante que os ciclistas possam pedalar com segurança. Mas mais importante que isso é fazer com que essa multidão de invisíveis tenha o direito de ir e vir sem perder horas de sua vida, apertados em latarias que ofendem a dignidade.
Espero, sinceramente, que você nunca ocupe um cargo público. O mundo governado por você seria um lugar pior para viver.
É por essas e outras que mesmo sendo a favor dos direitos dos ciclistas, faço questão de continuar na minha casa lendo, escrevendo, ouvindo música, ou trabalhando, ou então na janela vendo a chuva cair. Não quero ser confundido com pessoas que acham que podem dispor da liberdade alheia de acordos com o que seus mimos determinam.
Por mim: o fato de vocês serem muitos não me importa. Já se fez muita besteira em nome da maioria nesse mundo. Shakespeare, em Julio Cesar, já sabia que o povo sempre é inconfiável...
No mais: seja feliz. Tanto rancor não combina com a leveza que vocês propões ao mundo. Tentem discutir suas idéias. Mas não esperem que eu aceite passivamente ser submetido a tudo que elas implicam.

Anônimo disse...

para ficar mais honesto, um apêndice: a maior parte do texto acima é direcionado ao Bruno. Reli o texto do André. Embora eu ache que ele caia para o autoritarismo algumas vezes, e às vezes um tanto para o paternalismo (uma bicicleta sozinha não faz verão...), ele pelo menos não cometeu essa comparação estapafúrdia (embora insinue que eu não me sensibilizei com a morte da Márcia, o que é mentira) entre a escravidão e o ciclismo. É isso. Boa noite. E quarta-feira tem Campeonato Paulista de futebol.

Unknown disse...

Leandro, se pareci insinuar que você não se sensibilizou, me desculpe, muitas palavras as vezes me traio. Concordo também que as vezes sou autoritário... Mas eu era bem mais e esse é um defeito que tento corrigir.

Agora falar que não tem bike na periferia é brincadeira. Eu moro perto da Capão Redondo, conheço quase todas as periferias de São Paulo, indo de bicicleta inclusive. Nem todo mundo que mora na periferia trabalha no centro, apesar de conhecer ciclistas que moram lá e trabalham no centro.

Na periferia tem muitas crianças que vão as escolas de bicicleta, senhoras que fazem compras, tem de tudo. Outro dia conheci um senhor que pedalava de Maua até Santo André, 40 km só de ida, para economizar duas conduções de ônibus.

Quando quiser ir na periferia, me avise que vou com você, tenho certeza que você vai ver muito mais bicicleta do que imagina.

M.S. disse...

O Leandro falou bem e não vejo motivo pra eu repetir argumentos. Falar sobre respeito é como abraçar lagoa e árvore. Ninguém é contra respeito e a crítica a membros do movimento nada tem a ver com isso. O post desde o início fala sobre o que para mim é uma inaceitável troca de prioridades. É esse o ponto. Sobre eventuais desqualificações, não é necessário dizer muito. Lamento por alguns dos comentaristas acreditarem que falta de informação é o único motivo pelo qual alguém pode discordar de uma causa supostamente justa. A vida pode ser muito ingrata para quem quer tudo apenas à sua maneira. Aos que aceitaram a discussão sem apelar ao simplismo, agradeço porque sempre aprendo com o debate. O nível geral da discussão não é dos melhores, mas os que escapam à burrice autoritária (eles perderam a modéstia mesmo) são dignos de todo o respeito. Concordamos em discordar. Vida que segue. Para mim, a pé ou de ônibus mesmo. Vai Curintia!

Anônimo disse...

Numa cidade com as caracteristicas de São Paulo, realmente fica difícil uma bicicleta dividir espaço com ônibus e caminhões.

E realmente é prioritário os corredores de ônibus e metrô. Mas acho que todas as possibilidades de fazer a cidade melhor devem ser consideradas e não apenas as principais.

Porque há exemplos como de Paris, onde o uso de bicicleta é política governamental e dá certo. Seria marvilhoso as pessoas poderem ir ao trabalho de bicicleta em ciclovias, sem ocupar espaço de niguém, economizando, fazendo bem a saúde.

Claro que ciclovias ligam regiões próximas e não quem mora na cidade tiradentes até o centro, mas podem ajudar quando falamos de transporte público.

Isso, claro, como um auxilio, como parte da solução, e não tirando dinheiro de projetos para construção de metrô.

Concordo com muito do que você disse, mas "o seu mais absoluto desprezo" não enaltece nenhuma discussão.

Mudando de assunto, partindo para o debate:

Legalizar maconha resolve alguma coisa? Outras drogas ainda existiriam, o tráfico só mudaria as suas formas, na minha opinião.

Não tenho uma posição certa sobre o assunto, mas fica aí a minha questão.

Abraços,
e parabéns pelo franco debate...