Estou em um bairro na periferia de Pequim, onde haverá as competições de ciclismo e tiro. Em tese, não muitos estrangeiros. Ainda menos brasileiros. Mas mesmo assim os chineses parecem absolutamente ansiosos por nos atenderem bem. Muito parecido com o clima que é encontrado no Nordeste brasileiro.
Claro, há quem não goste dos laowai (estrangeiros).
A Revolução Cultural falava em "demônio" ocidental no fim da década de 1960 e de quando em quando ouço amigos reclamarem de ofensas aqui e ali. Mas o povo mais jovem se mostra muito mais simpático e disposto a se abrir ao mundo, seja pintando o cabelo de amarelo ou assistindo às estrangeiras passarem para copiar modelitos.
O fato é que as Olimpíadas tornaram os chineses ainda mais hospitaleiros para com os visitantes que conseguiram --muitos fracassaram-- obter visto de entrada para acompanhar os Jogos.
Fui a pelo menos dez restaurantes de Pequim desde quinta-feira e não houve um sequer onde o atendimento foi ruim. Os motoristas de taxi se esforçam para entender as direções que peço, os funcionários do metrô auxiliam no que podem, as caixas de mercado sorriem quase sem parar enquanto passamos.
Eles até exageram na boa vontade, o que pode se tornar um pouco cansativo, mas não dá para não cumprimentá-los.
Na noite de quarta-feira fui com amigos a uma casa de massagem (para os pés apenas) e conversamos com vários funcionários que claramente nos trataram melhor por sermos estrangeiros.
Falaram, deram risada conosco, deram pancadas mais vigorosas durante a massagem e insistiram em como querem que o mundo conheça a China. E que elogiem o país.
Acreditei neles, mas mantive uma dúvida. Que China exatamente querem que nós conheçamos? Será que se muita gente vir uma China diferente da deles, a hospitalidade vai se manter?
Espero que sim.
Mudamos (01/16)
Há 8 anos
Um comentário:
Também espero.
E tô chegando aí, hein, rapaz!!!
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