quinta-feira, 17 de julho de 2008

Esses banqueiros e seu maravilhoso STF

1 - De um advogado do banqueiro Daniel Dantas, provavelmente torturado no pau-de-arara e na cadeira do dragão pela Polícia Federal, a respeito da descoberta de emails da defesa do rapaz sugerindo que a libertação do figurão fosse tentada junto à presidência do Supremo Tribunal Federal.

"É uma estupidez, nem na época da ditadura se chegou a quebrar o sigilo de advogados", disse o advogado de porta de banco e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral Luis Carlos Lopes Madeira. Agora a moda é comparar defesa de vagabundo com o Estado de exceção da ditadura militar. Coisa linda.

2 - O ex-banqueiro Salvatore Cacciola disse no Rio de Janeiro, após ser extraditado pela Justiça de Mônaco, que nunca foi foragido, apesar de ter sido condenado à revelia no Brasil a 13 anos de prisão pela prática de crimes financeiros durante o governo FHC e, singelamente, ter decidido jamais retornar ao país que lesou.

"Eu sempre estive e estou a disposição da Justiça. A única diferença é que eu estava na Itália", disse Cacciola, sem algemas, para deleite do andar de cima --aquele perseguido, tadinho!, como se estivesse na ditadura que promoveu entre 1964 e 1985.

"Eu nunca fui um foragido. Eu saí do Brasil oficialmente, com o passaporte carimbado, graças a uma decisão do STF, do ministro Marco Aurélio Mello. Depois, só quando eu já estava lá, a decisão foi anulada, e então eu resolvi ficar."

Ah, tá. Então tá bom.

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