terça-feira, 14 de abril de 2009

Cubana chuta Del Toro por ser ator de Che

Eu não tenho simpatia pelo regime cubano. Nunca tive. Sei que já teve bons momentos e que foi instalado com as melhores intenções, mas não há como vê-lo como modelo para ninguém (exceto pela medicina e pela educação, de fato). Mas, assim como no caso da Venezuela, só existe um grupo que parece pior do que o dos revolucionários barbudos da ilha comunista: a oposição anticastrista fixada em Miami. Povinho insuportável pacas.

Cooptados especialmente pelos republicanos nos EUA, eles fazem parte daquilo que há de mais reacionário no espectro político e acabam ajudando a sustentar o regime dos irmãos Castro no poder há meio século. Tampouco tenho simpatia por esses que dizem cobrar os vermelhinhos por desrespeito aos direitos humanos e que, ao mesmo tempo, defendem políticas de porrada americana no resto do mundo, inclusive, para muitos deles, com a manutenção da base torturadora de Guantánamo.

Um exemplo do que fazem os cubanos de Miami é esta entrevista com o ator Benício del Toro, que interpretou Che Guevara numa película recém-lançada. A tal Marlen Gonzalez realmente não se preocupou nada em tirar do rapaz algo que valesse: quis apenas roubar a cena fazendo acusações que, certas ou não, não tinha o direito de fazer da forma que fez. Benício ainda se envergonhou, evitou o confronto e nisso errou, porque a paspalha só se empolgou mais nessa vagabundíssima interpretação do filme como um libelo ao guerrilheiro argentino famoso no mundo todo.

Um belo exemplo de mau jornalismo e de falsa correteza moral. Se fosse no meu governo, mandava tatuar uma barbona do Che no rosto dela e a condenava a andar com roupa de guerrilheiro por dois anos. Talvez três, só por diversão.



Sugestão de vídeo dada por minha bela e brilhante Augusta Avalle (cubana e guerrilheira). E que merecidamente conquistará seu diploma de mestra nesta semana. Finalmente!

2 comentários:

Etil disse...

Fala rapá, tinha visto antes e o que tinha chamado atenção era mesmo a reação bovina dele. Acho que pra ter se envolvido nesse papel, era básico estar preparado pro tiroteio de um tipo de 'jornalista' que nem essa.

Bárbara disse...

que horror!
fosse no meu governo, ela seria presa por desonestidade intelectual...